Jovens e as DST's
Depois daquela viagem
As DST's
As doenças sexualmente transmissíveis, mais conhecidas como DST's, são transmitidas, em geral, por relações sexuais. Essas podem também ser transmitidas por outros meios como uso compartilhado de alicates, agulhas e siringas. As doenças contraídas podem ser: AIDS, gonorréia, sífilis, condiloma genital, herpes genital, hepatite B e C, linfogranuloma venério e cancro mole. Assim como é fácil contraí-las, é igualmente fácil preveni-las
A AIDS
A infecção da Aids se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas. A Aids pode levar a morte, mas nos dias de hoje isso se tornou raro, já que a invenção de coqueteis de remédios permitem ao soro positivo viver uma vida normal. Os principais sintomas são fadiga, cansaço, febre e mal-estar, como uma gripe. Por essa razão, a Aids passa despercebida por muitas pessoas, mas não se engane, sempre que se submeter a situações de risco, procure um hospital para fazer o exame.
A AIDS na juventude
O número de novos casos de aids na faixa etária entre 15 e 24 anos aumentou 21,5% nos últimos sete anos, ou seja, foram 30 mil novos casos nesse grupo. "Há 30 anos fazemos o mesmo tipo de mensagem e esquecemos que o jovem de hoje não é o mesmo de 30 anos atrás, da época do surgimento da epidemia", diz Georgiana Braga, diretora da Unaids no Brasil. "O jovem de hoje não viu ídolos morrerem e não têm exemplos que tornam a epidemia de aids real."
Parece que devido aos avanços da medicina com relação a doença, os jovens decidiram relaxar quanto ao uso da camisinha, mas sabemos as consequências que isso pode gerar.
Relação com a obra
A obra ''Depois daquela viagem'', de Valéria Piassa, trata-se de um assunto bastante delicado. A AIDS e outras DST's são doenças sexualmente transmissíveis de alto risco no mundo dos jovens. Não só a eles, pois para as DST's não existe idade, mas o maior índice de casos, são os de jovens. O livro conta a história de uma jovem que em uma viagem com a família conheceu um rapaz do qual namorou por um ano, já tendo relações sexuais com o rapaz aos 15 anos, percebeu que o namoro já não era saudável para nenhum dos dois, muito menos pra ela. Depois de muitas crises de ciúmes, brigas e até atos violentos do garoto, que era bem mais velho que ela, Valéria deu um fim ao namoro prezando por sua vida. Após o término, descobriu a doença ao se sentir mal por muito tempo sem saber o motivo. Mas o que era pra ser uma descoberta que aliviasse, para pelo menos dar tempo de tratar, foi um choque muito impactante para a vida de Valéria, que ao descobrir não teve a reação esperada por muitos médicos, que seria tratar o quanto antes. Ela simplesmente quis seguir sua vida fingindo não estar passando por isso. Depois de muito tempo sem se importar com a morte a qualquer momento, em um dos exames que fez anos depois no seu intercâmbio, recebeu a notícia da tão esperada morte, em um tempo estimado de 2 meses de vida caso não se tratasse com urgência. Hoje Valéria é uma mulher saudável, que preza por sua vida, se trata com os devidos remédios, e serviu de inspiração a muitos jovens que infelizmente sofrem o mesmo problema.
''Será que esses jovens não são informados do risco que correm a todo momento?'' ''Como deve ser para eles o tratamento?'' ''E lidar com a doença?'', essas e outras perguntas são respondidas pela autora do livro "Depois daquela viagem", enquanto conta sua experiência com essa DST, talvez por isso seja um livro tão bem recomendado por todos os leitores ao publico mais jovem, mas talvez seja pela ajuda que Valéria presta em relatar e aconselhar de todas as formas ocultas possíveis, se bem que muitos desses jovens não dão a devida importância, não é mesmo? Sim, infelizmente a resposta pra esse pergunta é ''sim'', a Valéria em seu livro com certeza presta auxílio a muitos jovens que procuram saídas para esse problema sem saberem bem o que fazer, e com certeza, os desinteressados também procuram entender melhor depois de ler o livro.
Os jovens de atualmente se semelham a ''Valéria ingênua'' do começo do livro, em todos os aspectos, e é uma triste realidade quando se trata de DST's. A falta de informação REAL sobre o assunto leva a falta de prevenção necessária. E é nesse ponto que entra a obra. O livro é uma forma de campanha e de tratar do assunto, recomendando aos jovens antes que seja ''tarde demais'', tendo em vista que, monstrando de perto um caso e todas as trágicas consequências disso, é bem utilizado como meio de informar e tentar previnir o quanto antes. Muitos jovens se refugiam nas palavras de Valéria, e hoje lidam melhor com as DST's', em geral. Pois isso, devemos todos continuar a manifestar e propagar a obra "Depois daquela viagem'' com a intenção de ajudar cada vez mais a todas as faixas etárias, mas dando ênfase aos jovens desprovidos de informação concreta.
Portador
Não sei o ano
Hora e lugar muito menos.
Vida,
Encarava-a diferente:
Ela brilhava...
Estrelas, danças e festas.
Agora
Tudo desabou.
Flutuo nas nuvens: o desespero, às vezes,
Quer tomar conta.
Portador
Da doença do silêncio,
Dos preconceitos,
Da ignorância.
Sarcorma de Kaposi,
Ritinite e todos os “ites”
disponíveis causados por
esse vírus tão destruidor.
Vive-se a síndrome do pânico.
Pandemia,
Medo,
Solidão,
Os amigos se escondem,
a maioria rejeita
Doente de AIDS.
Quando a dor é muito forte,
Silencio e seguro-me no leito.
Andar, já não posso,
Sonhar, já não posso,
Sorrir, já não posso.
Viver?
Até quando?
José Carlos de O. SouzaAux. Enfermagem, Porto Alegre, RS, por carta