Aids e preconceito
Depois daquela viagem
‘Muitos morrem sem saber que têm a doença. Têm medo de fazer o teste, de perder família, amigos, emprego’. segundo especialista
Resultados de uma pesquisa mundial, chamada ATLIS (AIDS Treatment for Life International Survey ou Pesquisa sobre Tratamento para a AIDS em Âmbito Internacional), realizada com cerca de 3 mil pessoas soropositivas em 18 países (inclusive o Brasil) mostram que o maior medo dos pacientes HIV positivos é com o preconceito e exclusão social. Por isso cerca de 34% dos entrevistados haviam largado a terapia por temer os efeitos colaterais e 26% nem chegaram a iniciar o tratamento pelo mesmo motivo.
Para se ter uma ideia da dimensão do preconceito no Brasil, das oito mil pessoas entrevistadas pelo Ministério da Saúde, 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola.
(/www.maisequilibrio.com.br/saude/aids-preconceito)
acessado em 09-04-2016
UNAIDS
(http://unaids.org.br/ )acessado em 09-04-2016
A AIDS, mesmo antes de se tornar numericamente expressiva no pais. rapidamente tornou-se assunto de conversação cotidiana, provocando enorme mobilização, fortemente emocional. Lidando com questões complexas nas áreas da sexualidade e da morte, o assunto conseguiu incendiar a imaginação popular. Sobre a AIDS colocaram-se preconceitos . Desse modo, há já um "conhecimento" da doença muito difundido, onde algumas informações básicas se organizam num corpo de preconceitos, dando origem a atitudes discriminatórias. Na discriminação, que vai da segregação à imposição de uma caridade cruel no isolamento,
A transformação da doença em inimigo leva inevitavelmente à atribuição de culpa ao paciente, muito embora ele continue sendo encarado como vitima.Você é condenado a morrer pela sociedade desde o instante do diagnóstico.
Viver com aids
A doença muitas vezes passa a interferir na identidade do doente e em seu cotidiano. É com a percepção viva do estigma, que ele reordena seu mundo para continuar vivendo, indicando que a imagem estigmatizada que se criou da AIDS rapidamente se instala no imaginário tanto do doente como da sociedade global.
Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais - coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada. Quem tem HIV namora, beija e tem relações sexuais, assim como todo mundo.