João Sem Medo
Capitulos 10º e 11º
Capítulo 10º
Os Três incompetentes Triunfantes
João Sem Medo acordou numa profunda Cisterna Seca. Ele já estava habituado aquelas andanças de perseguição, enroscou-se nas pernas e aguardou os acontecimentos. Apenas João Sem Medo pretendia mostrar que conseguia alcançar o muro.
A curiosidade dele era saber como iriam-no tirar dali. João Sem Medos tinha julgado ouvir o seu nome, pois eram três cabeças a espreitarem pela boca do poço. Depois de tanto esforço, com a ajuda dos três homens, João Sem Medo conseguiu ser projectado para fora do poço. Os três Homens mal o deixavam respirar. O homem de voz mais rouca chamava-se Zé Porco e os outros dois homens era o Chico Calado e o Louro. O Chico Calado só exprimi progestos e o louro cheirava o vidro que tresando. Ele são uns desgraçadinhos.O Zé Porco dirige-se ao João Sem Medo dizendo-lhe a razão porque foram incomoda-lo. O Zé Porco então diz -lhe que ouviu uma voz bem do fundo dizendo que querem a sorte para irem na Cisterna Seca e pedir ao João Sem Medo que meta a mão na algibeira. João Sem Medo nem percebeu. Os três homens insistiram com que ele pusesse a mão na algibeira. Cada um recebeu uma caixa com uma encomenda. Para o Zé Porco foi um fato completo para vestir. Para o Chico Calado foi uma condecoração do papagaio e o louro foi uma coroa de louros para usa-la.
Foram diretos para a cidade. João Sem Medo andava com o nariz sempre apertado com os dedos e propôs aos três homens irem cada um dar uma volta pela cidade.
O primeiro era o Zé Porco foi para avançar a uma rapariga sem medo. Todas as mulheres, de um momento para o outro, admiravam-no e não o largavam. O segundo Foi o Chico Calado, todos tinham respeito por ele. O terceiro foi o Louro, o ovo adorava-o, ajudando as escolas e as universidades. João Sem Medo despediu-se e virou costas à Estátua viva e abalou da cidade demanda do Muro.
Capítulo 11º
A certa altura na floresta branca, que devia borborejar o almejado Muro rente a Chora-Que-Logo-Bebes, o João Sem Medo encontrou, sentada numa pedra, uma menina debulhada em lágrimas.
Cá temos a menina fatal em altos prantos no meio do caminho, como nos países dos contos mágicos. Como a tradição indica, João deve ir ao pé dela descobrir a sua razão da tristeza. Pois bem NÃO, recusa-se a ir colaborar na farsa, e marcou a dureza da indiferença com algumas passadas firmes. Esta atitude de João feriu visivelmente a menina que esganiçou o choro, mais de perrice do que de pesar. O rapaz sabia que a menina queria conversa por isso hesitou em lá ir, enquanto o nosso herói já ia em uns vinte metros a menina desata a correr até ele, indignada perguntou porque é que ele não lhe foi falar e exigi-o que ele lhe perguntasse a razão do choro, e explicou-lhe que seu pai tinha morrido e que sua mãe sustentava a casa a cozer, falando de seu irmão hesitou. João não conseguiu conter a frieza, ficando com um aperto no coração perguntou o que se tinha passado com seu irmão, a menina respondeu que ele tinha perdido na floresta, e dizendo as possibilidades mais trágicas que podiam ter acontecido a seu irmão falou-lhe de uma bruxa, a Bruxa da Felicidade-á-Força, que despertou a atenção do nosso herói, pois a menina suspeitava que tinha sido ela a levar o irmão. Descreveu-a ao João com os piores adjetivos possíveis, como cabelo de arame farpado, entre outros. João impressionado quis acabar com a bruxa, mas a menina também afirmou que a bruxa podia ser uma mulher de beleza espiritual como muitos diziam, que vivia não em uma caverna mas sim no Jardim das Pombas Azuis.
Algumas fontes diziam que a bruxa queria tornar os homens felizes mas outros diziam que ela escravizava os homens, sugava o sangue as mulheres e trazia todos os dias duas ou três crianças esfoladas no cinto para casa. A curiosidade do nosso herói crescia, e perguntou a menina onde ela costumava aparecer, e a menina respondeu que
Chegando á Clareira um quarto de hora adiantado tentou identificar o irmão da menina o mais rápido possível antes que a bruxa chegasse, apesar de ele não se importar de a conhecer pois tinha curiosidade em saber como penteava os cabelos de arame farpado. Ouvindo um gemido de pavor encontrou um rapaz que parecia seu irmão gémeo, estava apavorado com as ventanias. João falou com ele, rindo, que não havia nada para ter medo, mas o menino com medo não conseguia parar de gemer e de tremer. Trocando palavras João perguntou a menino como se chamava, tendo como resposta o nome de João Medroso, e também perguntando como tinha ali parado, ele respondeu que foi a Águia dos Penedos. Trocando mais palavras João resolveu tirá-lo dali e encontrarem um sítio para passar a noite.
Dormitaram debaixo de umas árvores longe da Clareira, mas João Medroso não conseguia dormir pois entrava constantemente em pânico. Cada vez que ouvia um barulho acordava João Sem Medo. Á primeira não ligou, á segunda também não, mas á terceira, furioso, tentou acalmá-lo, João Medroso dizia que eram homens que estavam ali perto, e João Sem Medo espreitou e disse que de facto eram homens, homens que cantavam como os pássaros, não era estranho? Então mandou o medroso ir dormir. Mas era impossível ele adormecer, tanto que falava ao Sem Medo acabaram por adormecer. De manhã João Sem Medo acordou e foi visitar os seus vizinhos homens-pássaros, subiu ate seus ninhos e falando com eles com um chilrear sentou-se num ninho. Convidou o João Medroso mas este tinha medo de subir às árvores. Passou a manhã e os homens-pássaros já iam dormir por isso João Sem Medo também ia, mas João Medroso chamava-o para se irem embora e que fossem ter com a sua irmã á floresta. Enquanto João descia da árvore uma pedra mexeu-se sozinha e João Medroso ficou com medo, mas seu amigo não tinha medo de nada e foi investigar, quando espreitaram eram uns animais-máquinas que transportaram sacos pesadíssimos para seus ninhos, João Medroso perguntou quem eram e João Sem Medo não sabia, disse que eram escravos que alimentavam os ninhos de penas. Foram-se embora e foram em busca do Muro e da irmã de João Medroso.