Relação entre o belo e o grotesco
O que é o grotesco?
O grotesco no teatro
Na farsa ocorre um desmascaramento constante e o corpo assume uma importância fundamental. No nosso caso, um corpo disforme e estranho. Juntamente com a farsa uma estética veio a reboque: o grotesco. O corpo grotesco está presente em todos os nossos espetáculos.
O termo grotesco vem de gruta (em italiano grota), por causa das descobertas, no século XV, de uns ornamentos ‘esquisitos’ retirados de escavações em frente ao Coliseu. O termo sofreu variações ao longo dos tempos. Inicialmente era apenas um substantivo, adjetivou-se e chegou a categoria estética. Esteticamente o grotesco sempre existiu e sempre esteve presente nas manifestações artística desde a Antiguidade, antes mesmo da invenção do termo.
Victor Hugo foi quem elevou o grotesco a categoria estética, ao defender, no prefácio de Cromwell, a mistura do sublime com o grotesco. Mas o que vem a ser uma categoria estética? Segundo Muniz Sodré, “a categoria responde tanto pela produção e estrutura da obra quanto pela ambiência afetiva do espectador, na qual se desenvolve o gosto, na acepção da faculdade de julgar ou apreciar objetos, aparências e comportamentos.” (2002, p.34) Para tanto, necessita de uma organização dos elementos na criação do artista.” (idem, p. 32)
O grotesco opera por rebaixamento, “suscitando (...) riso, horror, espanto, repulsa” (2002, p. 17) e está presente no teatro, na literatura, nas artes plásticas etc. No dizer de Sodré, “o grotesco é o belo de cabeça para baixo.” (p. 28)
Ainda segundo este autor, uma categoria estética tem três planos – criação, componentes e efeitos de gosto – e quatro elementos: equilíbrio de forças, reação afetiva (do espectador perante a obra), valor estético (julgamento) e trânsito estético (“o grotesco pode acontecer numa pintura, num romance, num filme, na vida real e assim por diante.”) (p. 35)
Mikhail Bakhtin afirma que para entender o grotesco é necessário um mergulho na cultura popular, que para ele é pouco estudado. Estudando a cultura popular medieval e renascentista, ele denominou essa estética de realismo grotesco, que tem sua expressão máxima no carnaval, que seria “a segunda vida do povo, baseada no princípio do riso. É a sua vida festiva. (1987, p.7) Essa segunda vida se construiria como “paródia da vida ordinária.” (p. 10) O riso carnavalesco é um patrimônio popular, universal e ambivalente.
“O traço marcante do realismo grotesco é o rebaixamento” (p. 17), ou seja, faz descer a terra tudo que é elevado. O riso grotesco, segundo Bakhtin, nos libertaria das “idéias dominantes. Ao penetrar nesse mundo sentimos uma alegria espacial e ‘licenciosa’ do pensamento e da imaginação.” (p. 43)
O grotesco está associado “a escatologia, a teratologia, aos excessos corporais, às atitudes ridículas e (...) a toda manifestação da paródia em que se produza uma tensão risível, por efeito de um rebaixamento de valores.” (SODRÉ, 2002, p. 62) O fenômeno grotesco manifesta-se, ainda segundo Sodré, representado ou atuado. Sendo que o representado pode está no suporte escrito (literatura, imprensa) e imagístico (pintura, fotografia, cinema televisão etc.). No atuado o fenômeno pode ser espontâneo (“incidentes da vida cotidiana”), encenado (teatro) e carnavalesco (associado às festas e aos espetáculos circenses).
Atuado ou representado o grotesco assume “modalidades expressivas”: escatológico, teratológico, chocante (misto das anteriores, visa apenas chocar) e crítico. Este último propicia um desmascaramento das convenções, rebaixando pelo riso os cânones e o “poder absoluto.” A crítica é lúcida, cruel e risível.
É justamente o grotesco crítico que o Buraco d`Oráculo tem trabalhado em seus espetáculos, rebaixando e desmascarando alguns tipos sociais, fazendo com que o espectador desvende através dessa operação outros valores e encontre, no dizer de Bakhtin, o “seu corpo social.”
1º festival de teatro grotesco
O teatro grotesco busca confrontar o público com tudo aquilo que é velado pela sociedade abordando temas como sexo, doenças e morbidez.
A visão do grotesco
A arte grotesca
As bonecas grotescas de Shain Erin
Esse tipo de arte consegue arrancar diversas emoções por ser algo tão distinto do padrão social como, por exemplo, bonecas como a barbie e susi.
Shair Erin formado em Belas Artes pelo Instituto de Artes de São Francisco tem o prazer de explorar com base em sua arte,
o grande acervo criativo de acordo com diversidade cultural, pois as bonecas possuem
especificidades sobrenaturais, o que as tornam mais interessantes ainda.
O que é o belo?
Eu posso gostar do que é feio, do que é amargo ou assustador, portanto não é o gosto que define o que é belo.
Acompanhando a milenar tradição clássica, podemos definir o belo formalmente, isto é, a partir de certas características das formas dos objetos.
Estando presentes estas características, o objeto tem larga chance de ser belo. Posso não gostar dele, posso considerá-lo frio e distante como um estranho extraterrestre alheio às imperfeições e paixões da vida, mas ele adequa-se aos critérios de beleza de 20 séculos de arte e arquitetura.
Três destas características formais são a ordem, a simetria e a proporção. Pensadas na Grécia clássica, estas três categorias atravessaram milênios de história, informando muita da arte gótica, renascentista, neoclássica etc. até os dias de hoje.
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O belo para o teatro
O belo na teoria de Platão tem a missão de representar o bem, a verdade, o divino, a ordem, em contraponto com os dom os horrores do mal, da mentira, do demoníaco, do caos. isso é intrínseco a visão moral, maniqueísta, do ser humano, exemplo: bons sempre eram representado como os mais bonitos, brancos que tinha toda pureza, resplandecentes, divinos porque eram a imagem da verdade e do bem.No entanto para Aristóteles não era mais algo tão espiritual, mas sim com relação a ordem e ângulos harmoniosos que com isso nos provocava outras reações como dos sentidos e nos eleva o prazer de ver o que tinha o corpo com as proporções perfeita tanto que as esculturas no causa ate hoje essa sensação de perfeita harmonia corpórea do ser.
Organicidade, de espectador:
Os espectadores se interessam por coisas que estão a sua volta o que esta fica em seu cotidiano e quando esse espectador vai ate o teatro e sai de sua zona de conforto para experimentar essas diversas sensações que ele procura se transformar reagir que é orgânico dos seres humanos esse gosto pelo o mexer o sentimentos com isso vê em cena essas ondulações sensoriais.
Sobre os temas:
Uma das estética que se percebe no teatro é o tema ligado com a obra na expressão para o entendimento dos espectadores.
Ao longo dos tempos a visão do belo é mutável podemos considera que o belo é uma forma que esta dentro de cada ser humano, mas também pelas suas experiência culturais e geográficas e empíricas.
O belo é normalmente visto como o bonito porém, devemos observar que o belo é um conceito individual,
parte de cada um o que considera ou não bonito e isso é o que o teatro tenta passar.
Por exemplo: Ballet. Enquanto uns acham belo outros acham frívolo ou supérfulo.