Na Mira
Adolescente é apreendido e confessa homicídios na Paraíba, diz PM
Um dos detalhes que chamou a atenção da polícia é que o adolescente tem uma caveira grande tatuada nas costas e ao redor dela desenhava mais uma caveira para cada homicídio que cometia. O suspeito foi encaminhado para a Delegacia da Infância e da Juventude, que vai investigar se a confissão do adolescente à Polícia Militar é procedente.
Ainda de acordo com Lívio Delgado, o adolescente é “extremamente violento”. “Ele tem prazer em dizer, com riqueza de detalhes, a maneira como eram praticados os crimes. Alguns deles até com requintes de crueldade. Ele matou essas pessoas não apenas com revólver mas com pedras, facas, com o que tivesse em mãos”, afirmou.
Grande parte dos crimes praticados teria sido motivada pela necessidade que o adolescente tinha de buscar autoafirmação dentro da comunidade, segundo o tenente-coronel Lívio Delgado. “Ele busca se estabelecer na comunidade pelo terror, pela violência brusca e desenfreada. Além disso, outro motivo para essas mortes é a rixa existente entre a comunidade que o adolescente mora e outras, como Citex”, acrescentou.
No momento da apreensão, a polícia flagrou com o suspeito um revólver calibre 38 com todas as munições deflagradas. “A última ele disse ter deflagrado ao chegar à casa dele após ter matado uma pessoa no Colinas do Sul”, completou Lívio Delgado.
Segundo o comandante do 5º BPM, o adolescente disse que cometeu esse homicídio porque a vítima teria matado o primo dele. Os outros homicídios foram cometidos, de acordo com relatos do adolescente à polícia, na cidade do Conde, Litoral Sul da Paraíba, e nos bairros de Mangabeira, Funcionários, Cristo e Colinas do Sul.
Editorial:
Mãe atira filho de 12 anos de janela de hotel e suicida-se em seguida
"Uma professora de 47 anos e o filho de 12 foram encontrados mortos, ao início desta tarde, no passeio de uma das mais movimentadas avenidas de Bragança.
No espaço de um ano nove crianças foram mortas pela mães. O último caso ocorreu há 16 dias em Oeiras. Agora foi a vez de Martim, que era autista. De acordo com testemunhas, a mãe, Manuela Paçó, atirou-o da janela do 4.º andar do hotel Íbis e saltou de seguida. Os dois tiveram morte imediata.
Aconteceu por volta das 14 horas deste sábado, pouco depois de se terem alojado naquele hotel. No quarto ficaram algumas pizzas, refrigerantes, restos de embalagens de antidepressivos e dois bilhetes escritos por Manuela, com indicações a seguir após a sua morte.
Segundo ex-colegas de Manuela, que era professora, ela estaria há algum tempo com uma depressão. Este é um traço comum às outras quatro mães que no último ano mataram os seus filhos. Três também se suicidaram.
Manuela Paçó era casada com o presidente da Assembleia Municipal de Vinhais e vice-presidente do agrupamento de escolas daquele concelho. Amigos do casal disseram ao PÚBLICO que o marido está em estado de choque e que não encontra razões para este acto trágico. Também garantiram que não existiam problemas conjugais entre os dois e que viviam ambos com o filho. (...)"
Editorial:
Vivemos em uma sociedade marcada pelo culto da perfeição onde a imagem é mais importante que os valores. A partir do momento em que a idealização de sua família perfeita foi ameaçada, Manuela, sucumbindo à pressão posta sobre ela, deixa suas ações serem guiadas pelo seu psicológico, acaba causando a morte de seu filho Martim, que era autista. Como retratado no texto, o casal aparentemente vivia uma vida normal, sem grandes problemas, o que nos leva a refletir ainda mais sobre o que pode a ter levado a cometer essa atrocidade. Essa ação desencadeou uma grande repercussão, tanto nos espectadores quanto na família, onde o pai sofre as consequências (depressão) do ato.